quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um luto sem fim

O dia 24 de maio de 2011 deverá ser lembrado para sempre na história do Brasil. Infelizmente, não como uma data especial, de conquistas para o futuro democrático e mais igualitário do país. Pelo contrário. A memória e os livros de história deverão sempre remeter a esta fatídica terça-feira como um momento de luto absoluto. Afinal, se, pela manhã, a pátria tupiniquim conheceu o seu mais novo Chico Mendes com os brutais assassinatos do ativista ambiental e coletor de castanha, José Cláudio Ribeiro da Silva, e de sua mulher, Maria do Espírito Santo da Silva, à noite foi a vez do conforto da Câmara dos Deputados votar a favor da destruição da floresta embrulhada sob a forma de relatório do neoruralista Aldo Rebelo (PCdoB/SP).

Hoje cedo, uma emboscada tirou a vida de um dos principais defensores da Floresta Amazônica. Zé Claudio, como era conhecido, voltava para casa com sua mulher no Pará. Tal Chico Mendes, ele também denunciava o corte ilegal de madeira e recebia inúmeras ameaças de morte. O governo nunca ligou, a polícia tampouco. Nesta terça, sua morte foi capa do britânico The Guardian, que relatou a luta ao mesmo tempo silenciosa (ao menos para a imensa maioria da população nacional) e em alto e bom som deste homem que tinha um único interesse: proteger o que o ser humano, por natureza, não tem o direito de destruir.

De noite, a milhares quilômetros do Pará, outro crime contra a humanidade foi praticado, este amplamente noticiado em tempo real pelos veículos de comunicação e membros da sociedade civil: a aprovação acachapante da reforma desleal de uma das legislações ambientais mais rigorosas e importantes de todo o planeta. Em Brasília, no Congresso Nacional, após uma sucessão de guerras verbais, bravatas e confusões nas últimas semanas, 410 deputados federais disseram sim ao projeto da bancada ruralista, que não beneficia a ninguém – a não ser a eles próprios e seus pares, senhores do agronegócio. Os pequenos produtores, o MST, a Via Campesina, até a Contag, estes são contra, assim como bravos 63 deputados. 

O retrato do que aconteceu nesta terça-feira é simples e todos conhecem: Cândido Vaccarezza, líder do governo, e Paulo Teixeira, líder do PT, disseram que não concordavam com relatório do Aldo, mas confirmaram que o partido da presidente votaria a favor do relatório (vergonha moral, diga-se de passagem); a tentativa firme, embora frustrada, do PSOL e do PV de anular a votação; o apoio quase em uníssono para o fim da Reserva Legal em propriedades com até quatro módulos fiscais e a anistia a desmatadores (o que ainda pode mudar, pois a emenda 164, que passa aos estados a responsabilidade de definir ocupação consolidada em Áreas de Preservação Permanente, será votada – e o PT afirma que será contrário. Mas, a esta altura do campeonato e com tantas decepções, por que acreditar?).

A decisão dos deputados, escolhidos por nós, população brasileira, mancha a história e pune o futuro. O desmatamento vai multiplicar, e agora será praticamente legalizado; a biodiversidade se verá amplamente afetada; e o Brasil não conseguirá atingir as metas de redução nas emissões de carbono prometidas em plena COP-15, na Dinamarca. Mas não é só. As tragédias naturais ganharão proporções geométricas, enquanto a falta de água se espalhará para todas as regiões. O preço é muito alto, e querendo ou não, teremos que pagar.
Pouco importa se estamos em pleno Ano Internacional das Florestas, cunhado pelas Nações Unidas, ou se a Semana Nacional da Mata Atlântica começa amanhã. Também de nada vale a proximidade do Dia Mundial do Meio Ambiente ou os preparativos para a Rio+20, quando veremos quais acordos da Rio 92 foram ou não cumpridos. Para o benefício imediato de alguns, vale tudo. E sabe quem encheu os pulmões para dizer isto? Eu e você, nas últimas eleições.

Que o luto de hoje não se restrinja aos três dias e à bandeira erguida a meio mastro. As conseqüências, de tão graves, pedem muito mais.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O Código Florestal e as lições da história

Quando o viajante sobrevoa o Centro Oeste brasileiro e olha para baixo, vê um mosaico de poligonais demarcando plantações de soja ou de outras monoculturas.  Com certo esforço, consegue visualizar minguados filetes de mata ciliar que emolduram margens de rios e córregos, a maioria deles assoreados e poluídos.  Acostumado a percorrer a mesma rota, é provável que a extinção da vegetação nativa não lhe cause grande — talvez, nenhum — impacto.  Por uma razão muito simples: poucos estariam aptos a comparar o cenário visto hoje, por meio de uma janelinha de avião, com aquele de décadas atrás.  O hipotético passageiro deste artigo sofre de um mal comum a todos nós, que o cientista Jared Diamond, Prêmio Pulitzer 1998, conceitua de “amnésia de paisagem” em seu instigante livro Colapso: Como as Sociedades Escolhem o Fracasso ou o Sucesso (Record, 2006).
A “amnésia de paisagem”, segundo o escritor norte-americano, é um dos fenômenos, entre 12 classificados por ele, que ajudam a explicar porque alguns povos não conseguiram evitar o colapso de suas civilizações, provocado por desequilíbrios ambientais, apesar dos sinais cada vez mais evidentes nesse sentido.  A expressão criada pelo biofísico e biogeógrafo significa “esquecer-se de quão diferente era a paisagem há 50 anos devido às mudanças graduais ano a ano”.  Àqueles que defendem a redução das áreas de preservação permanente que protegem a bacia fluvial do país, previstas no Código Florestal, um alerta: o fator desencadeante dos colapsos estudados pelo autor foi a extinção da vegetação nativa.
O conceito da “amnésia de paisagem” permite entender porque ministros são levados a anunciar, em tom comemorativo, a redução do ritmo de desmatamento na Amazônia em relação a algum período imediatamente anterior, mesmo que isto tenha significado a destruição de milhares de quilômetros quadrados de florestas.
O alerta feito pelo pesquisador é globalizado e não poupa o próprio país.  Um dos relatos mais dramáticos de sua obra, porém, refere-se ao colapso ocorrido na Ilha de Páscoa.  Os desequilíbrios causados pela derrubada da mata nativa tornaram-na estéril.  Em meio a sangrenta disputa interna, a escassez de alimentos levou os nativos a comerem ratos e até restos de cadáveres humanos.  As árvores foram sendo ceifadas uma a uma ao longo de anos.  Os ancestrais dos atuais pascoenses não deram a mínima importância ao corte da última palmeira do território, porque a imagem das florestas já havia sido apagada, lenta e gradualmente, através dos séculos, da memória das testemunhas da derradeira machadada.  Ironicamente, as “místicas” e gigantescas estátuas que tanta admiração causam aos turistas do mundo inteiro, os moais, erguidos pelos chefes de clãs, são tão somente vestígios trágicos de uma era de decadência e atrocidades.
Jared Diamond, contudo, não é derrotista, como indica o subtítulo de seu livro.  Impedir a extinção de florestas não é um sonho impossível.  Depende de vontade política, exemplo dado pelos japoneses, assustados com os índices do desmatamento que atingiu um quarto do território já na primeira metade do Século 16.  Sob as ordens dos xoguns, os japoneses reorientaram até seu padrão de consumo, com maior inclusão de frutos do mar, por exemplo, com a finalidade de diminuir a pressão da agricultura sobre a vegetação nativa.  Administradores fizeram minuciosos inventários das florestas, a fim de garantir pleno controle de seu uso.  “A mudança veio de cima, liderada por sucessivos xoguns, que invocaram princípios de Confúcio para promulgar uma ideologia oficial que encorajava limitar o consumo e acumular reservas de modo a proteger o país contra o desastre”, assinala o autor.
Séculos se passaram e os japoneses não se esqueceram da lição.  Desde há algumas décadas, tornaram-se grandes financistas de projetos agrícolas nos países do Terceiro Mundo com vasta extensão territorial.  O objetivo foi o de apenas proteger suas preciosas florestas.  Ou seja, o Japão solucionou parcialmente seus problemas de escassez de recursos naturais provocando escassez de recursos naturais em outros pontos do planeta, estratégia adotada por vários países desenvolvidos.  Enquanto isso, o Brasil tem agido como aluno míope, incapaz de aprender o beabá da cartilha ambiental.
* Publicado originalmente no jornal Correio Braziliense e retirado do site Amazônia.org.br.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Brasileiros criam plástico revolucionário a partir de frutas

Carros feitos a partir de banana, abacaxi ou casca de coco podem virar uma realidade em breve. Na última semana, pesquisadores brasileiros da Universidade Estadual Paulista (Unesp) anunciaram que desenvolveram um novo tipo de plástico a partir de fibras de frutas que promete ser mais resistente, leve e limpo do que as alternativas conhecidas hoje em dia.

Em entrevista exclusiva ao Terra, o professor e engenheiro agrônomo Alcides Leão, que lidera o estudo, disse que o plástico revolucionário deve ter inicialmente seu principal uso na indústria automobilística, mas também poderá trazer grandes benefícios à área médica, com uso em próteses e pinos, e até mesmo na substituição do Kevlar, material usado em coletes à prova de balas e capacetes militares.

O processo se baseia na obtenção de nanocelulose a partir de frutas e outros vegetais. Na fabricação de papel, são usadas fibras de celulose, encontradas em madeira por exemplo. Agora, cientistas descobriram a nanocelulose, fibras muito menores, medidas em nanômetros, que podem ser obtidas com processamento intensivo de celulose.
“A nanocelulose é produzida a partir da celulose de varias fontes, inclusive lodo de empresas de celulose e papel. Essa nanocelulose pode ser produzida via bactérias ou via processos químicos e mecânicos, como no nosso caso”, diz Leão.

Para obter as nanofibras, os cientistas colocam folhas e caules de abacaxi e demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão, onde são adicionados outros compostos químicos. O “cozimento” é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco. Estas nanofibras são tão pequenas que seria necessário colocar 50.000 delas enfileiradas para cobrir o diâmetro de um fio de cabelo humano.

Segundo Leão, o novo plástico pode no futuro substituir o aço e o alumínio. “As propriedades destes plásticos são incríveis. São 30% mais leves e de três a quatro vezes mais fortes que os comuns”, diz o pesquisador, que acredita que em um prazo de dois anos várias peças de carros, incluindo painéis e para-choques, serão feitas de nanofibras de frutas.

Além do aumento na segurança, os bioplásticos permitirão a redução do peso do veículo, com um ganho direto na economia de combustível. O pesquisador brasileiro cita ainda outras vantagens. Segundo ele, os plásticos com as nanofibras de frutas incorporadas têm maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.

Outra vantagem é que o material é produzido a partir de uma fonte completamente renovável. Além disso, é preciso apenas 1 kg de nanocelulose para produzir 100 kg de plástico. “Esse processo é de baixo impacto ambiental. Mas o mais importante é que fazemos isso a partir de resíduos antes dispostos no ambiente, seja em aterros ou seja em processos de queima ou compostagem”, lembra Leão.

Conforme o pesquisador, também estão sendo realizados testes na área de biomedicina, incluindo veterinária. “Já foram realizados ensaios em todas as propriedades mecânicas, físicas e químicas. Esse produto age como reforço de plásticos e pode ser usado em muitas áreas, como curativos, meniscos, próteses, implantes e pinos dentários. Também pode ser utilizado pela industria aeronáutica e na reposição de plásticos em geral”, disse o cientista, que revelou que os custos para a produção do material ainda não estão fechados.

Suécia tem cidade sem lixo

Borás, a cidade sem lixo, mostra que progresso não precisa produzir sujeira.


Em Borás, na Suécia, a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela população de cerca de 64 mil habitantes é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia (biogás), que abastece a maioria das casas, estabelecimentos comerciais e a frota de 59 ônibus que integram o sistema de transporte público da cidade.

Em função disso, o descarte de lixo no município sueco é quase nulo, e seu sistema de produção de biogás se tornou um dos mais avançados da Europa.
"Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador", disse o professor de biotecnologia da Universidade de Borás, Mohammad Taherzadeh.

Gestão de resíduos sólidos
De acordo com Taherzadeh, o modelo de gestão de resíduos sólidos adotado pela cidade, que integra comunidade, governo, universidade e instituições de pesquisa, começou a ser implementado a partir de meados de 1995 e ganhou maior impulso em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países da União Europeia.
Para atender à legislação, a cidade implantou um sistema de coleta seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias e os descartam em coletores espalhados em diversos pontos na cidade.
Dos pontos de coleta, os resíduos seguem para uma usina onde são separados por um processo óptico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.

"Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de aterros sanitários. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos", afirmou Taherzadeh.

Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro
Em dezembro de 2010, foi regulamentado o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro, que estabelece a meta de erradicar os aterros sanitários no país até 2015 e tipifica a gestão inadequada de resíduos sólidos como crime ambiental.
Com a promulgação da lei, os especialistas presentes no evento esperam que o Brasil dê um salto em questões como a compostagem e a coleta seletiva do lixo, ainda muito incipiente no país.
De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 18% dos 5.565 municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. Mas não se sabe exatamente o percentual da coleta seletiva de lixo em cada um desses municípios.

"Acredito que a coleta seletiva de lixo nesses municípios não atinja 3% porque, em muitos casos, são programas pontuais realizados em escolas ou pontos de entrega voluntária, que não funcionam efetivamente e que são interrompidos quando há mudanças no governo municipal", avaliou Gina Rizpah Besen, que defendeu uma tese de doutorado sobre esse tema na Faculdade de Saúde Publica da USP em fevereiro.

Produtos verdes
 A pesquisadora também chamou a atenção para o fato de que, apesar de estar claro que não será possível viver, em escala global, com uma quantidade de produtos tão gigantesca como a que a humanidade está consumindo atualmente, as políticas de gestão de resíduos sólidos no Brasil não tratam da redução do consumo.
"O modelo de redução da pobreza adotado pelo Brasil hoje é por meio da expansão da capacidade de consumo, ou seja: integrar a população ao mercado para que elas possam cada vez mais comprar objetos. E como esses objetos serão tratados depois de descartados não é visto como um problema, mas como um campo de geração de negócios", disse.
Na avaliação de Raquel, os chamados produtos verdes ou reciclados, que surgiram como alternativas à redução da produção de resíduos, agravaram a situação na medida que se tornaram novas categorias de produtos que se somam às outras. "São mais produtos para ir para o lixo", disse.

Gaseificadores
Uma das alternativas tecnológicas para diminuir o volume de resíduos sólidos urbanos apresentada pelos participantes do evento foi a incineração em gaseificadores para transformá-los em energia, como é feito em Borás.
No Brasil, a tecnologia sofre resistência porque as primeiras plantas de incineração instaladas em estados como de São Paulo apresentaram problemas, entre os quais a produção de compostos perigosos como as dioxinas, além de gases de efeito estufa.
Entretanto, de acordo com José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, grande parte desses problemas técnicos já foi resolvida.
"Até então, não se sabia tratar e manipular o material orgânico dos resíduos sólidos para transformá-lo em combustível fóssil. Mas, hoje, essa tecnologia já está bem desenvolvida e poderia ser utilizada para transformar a matéria orgânica do lixo brasileiro, que é maior do que em outros países, em energia renovável e alternativa ao petróleo", destacou.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O que aconteceu na manifestação contra a mudança do código florestal?

Uma parte do nosso grupo foi a manifestação e eles fizeram anotações sobre o que aconteceu por lá. 

Léia do Ibama: 70% do alimento que se consome no país vem da AGRICULTURA FAMILIAR. Com o Novo Código Florestal o trabalho que muitos tiveram durante anos para PUNIR aqueles que desmataram será todo JOGADO FORA, não podemos permitir isso!

Alceu Magnanini (um dos últimos participantes da elaboração do atual Código Florestal ainda vivos): "O código florestal deve ser elaborado por TÉCNICOS AMBIENTAIS e não políticos!"

Religiões contra o Novo Código Florestal: católica, umbanda e evangélica

Pedro Miranda (represantante da religião Umbanda): "É dever de todos viver e ter consciência para preservar a vida do nosso planeta! É nossa OBRIGAÇÃO cuidar da Terra."

Representante da Igreja Católica (não peguei o nome hehe): "A igreja católica defende a mãe Terra! Somos contra o novo código. Não estamos sabendo USAR E DEFENDER a Terra. A nova lei trará apenas morte para o nosso planeta. A Terra é mãe, a Terra é do índio, a Terra é do povo, a Terra é de Deus!"

Aspásia Camargo (Deputada Estadual pelo PV): "É uma ironia que após 10 ANOS a classe política se vire para o Código Florestal. Nossas matas são nossso patrimônio."

Carlos Minc (Secretário do Estado e Meio Ambiente): "Hoje (28 de abril), numa reunião sobre o Rio +20 que terá ano que vem, Dilma assinou um compromisso para VETAR qualquer atividade que reduzisse as APP's. Os ambientalistas não estão a favor desse tratado. A maior briga é fazer todos cumprirem o código. Os agricultores querem cumprir a lei, mas nem sempre recebem o apoio necessário."

Temos imagens no nosso flickr: http://www.flickr.com/photos/62423850@N05/

E em breve estará aqui um vídeo da manifestação!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ideias verdes

1) HOTEL OFERECE REFEIÇÕES DE GRAÇA PARA QUEM ESTIVER DISPOSTO A GERAR ELETRICIDADE


O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca , disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de eletricidade para hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de eletricidade aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros, aproximadamente 60 reais.


2) BAR CAPTA ENERGIA PRODUZIDA PELA DANÇA DE SEUS FREQUENTADORES

Todas as luzes e os sons de uma balada gastam uma quantia considerável de eletricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente elétrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga elétrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a eletricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.


3)EMPRESA CRIA IMPRESSORA QUE NÃO USA TINTA NEM PAPEL

Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova dágua, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A mágica faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.

4) UNIVERSIDADE CONSTROI TELHADO VERDE


O Design Verde é uma tendência da arquitetura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.


5) DESIGNER CRIA PIA QUE UTILIZA ÁGUA DESPERDIÇADA PARA REGARPLANTA

Feita de concreto polido, a Pia batizada de Jardim Zen possui um canal que aproveita a água utilizada na lavagem das mãos para molhar uma planta. Criado pelo jovem designer Jean-Michel Montreal Gauvreau, a pia vem em bacia dupla ou modelo simples. Se você está preocupado em ensaboar toda a sua plantinha, relaxe. Uma peça no início do canal drena o liquido e só deixa água sem sabão escorrer até a planta.


6) DESIGNER CRIA CHUVEIRO QUE O OBRIGA A SAIR QUANDO JÁ DESPERDIÇOU MUITA ÁGUA

O designer Tommaso Colia criou uma solução para aqueles que adoram passar um tempão tomando uma ducha relaxante (é, você mesmo!). O chuveiro Eco Drop possui círculos concêntricos como tapetes no chão, que vão crescendo enquanto o chuveiro está ligado. Após um tempo, a sensação fica tão incômoda que te força a sair do banho e, consequentemente, economizar água. Cerca de 20% de toda energia gasta no lar vem da água quente utilizada no banho seis vezes mais do que a iluminação doméstica, por exemplo.


7) EMPRESA CRIA GRAMPEADOR SEM GRAMPOS PARA EVITAR POLUIÇÃO

Grampos de grampeador são tão poluentes que uma empresa decidiu criar um novo modelo do produto, sem grampos! Em vez dos grampos a que todos estamos acostumados, ele recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas de papel juntas. Se você se empolgou com a ideia, pode encomendar esses grampeadores personalizados para que sua empresa se vanglorie de contribuir para um mundo livre grampeadores com grampos.


8) DESIGNER CRIA CARREGADOR DE IPHONE ALIMENTADO POR APERTO DE MÃO

Eis uma invenção que dará uma mão na economia de energia. Carregue seu iPhone com um aperto de mão! O conceito foi chamado de "You can work".

POLÍTICA: Proposta do Código Florestal beneficia 15 deputados e três senadores

Se for aprovado no Congresso com todas as alterações previstas, o novo Código Florestal Brasileiro beneficiará pelo menos 15 deputados federais e três senadores integrantes da bancada ruralista, que faz forte lobby para que a proposta entre em votação no plenário da Câmara ainda neste semestre. Os 18 parlamentares foram multados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em razão de algum crime ambiental.

A maior parte dos autos de infração, cujos processos ainda estão em trâmite no Ibama, refere-se a desmatamentos ilegais e desrespeito à delimitação de reservas legais e áreas de preservação permanente (APPs). As áreas devastadas ou que deixaram de ser restauradas por parlamentares somam 4.070 hectares, área suficiente para abrigar 97 Parques da Cidade.

O novo Código Florestal altera exatamente regras relacionadas a reservas legais e APPs. Os parlamentares multados também seriam diretamente beneficiados com a anistia a desmatadores autuados até julho de 2008, outro ponto previsto na nova legislação ambiental. O perdão de multas é um dos pontos mais controversos e vem atrasando a costura de um acordo entre ruralistas e ambientalistas para que a proposta seja votada em plenário.





Leia mais em: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2011/04/19/interna_politica,222577/proposta-do-codigo-florestal-beneficia-15-deputados-e-tres-senadores.shtml